• About

Este mundo é meu

~ ele é nosso

Este mundo é meu

Arquivos Mensais: abril 2012

Um lugar sem nome e luz

20 sexta-feira abr 2012

Posted by Rômulo Mendes in Crônicas

≈ Deixe um comentário

Meu olhar me encontra onde não estou. Nessa nossa noite deitei meus sonos pra você. Enquanto lá fora grita frio, as paredes desse quarto mostram ruínas por já não agüentar minhas vontades. Concreto abra a passagem e deixe-elas irem com suas alucinações, esquisitices e inocências. Sinto preparo e maturidade para sair no meio do breu, atravessar a ponte e ter o lugar que deveria estar. Não faço. Todos possuem limites, os meus já não se chamam assim, abandonou um corpo que já não sabe o que é medo. Mesmo assim não coloco os sapatos, deito um falso sonho pra me distanciar de mim.

Deitar sonhos é preferível a esmagar pessoas com um olhar. De repente, ouço um barulho, a ausência da luz impende de distinguir se vem de dentro ou fora. O silêncio vigia o que nunca se arriscaria a acontecer. A mesma possibilidade de infinito gerada pela temperatura fria de ontem, abriga um mesmo dia de hoje, no final das contas só muda a cor. Noto que meu nome não serve para nada nesse espaço distante. Esqueço do que não deveria lembrar. Lembro do que não deveria lembrar. Lembro e esqueço. Só resta intangível e na ausência da luz não sei o que me cerca, nem mesmo solidão é possível. Fingir um riso pareceu conveniente para o tempo que não construo. Construções: esqueço a palavra, lembro a palavra, só resta intangível, solidão, não se concluiu se está.

Palpitações dentro de mim – noto que não existem sapatos, reparo que não tem sonhos. Deito pesadelo. Acordo pesadelo. O lugar que deveria estar é guardado no corredor das minhas lembranças. A briga é constante, consigo escondê-lo, a vontade é constante, um olho fecha, o outro olha, os dois apagam, o corpo permanece desnutrido. O barulho é esquecido. Sei que fugir dos dias não estava nos planos, em, todavia ter guardado a paisagem que não me vê, pareceu apropriado para a ausência da hora que se predominava. Não distinguir a realidade da alucinação, foi um gesto do corpo entrando em conflito com o nada. O mesmo nada, em que as portas foram abertas e se ouviu de alguém sem rosto: Saia e abre a vaga para as próximas férias na solitária.

Anúncios

Qui suis-je dans tout cela

11 quarta-feira abr 2012

Posted by Rômulo Mendes in Pensamentos

≈ Deixe um comentário

Abraçado de si mesmo, percebeu pelo andar, que as suas roupas compartilhavam o mesmo envelhecimento dos dias passados. Levante a cabeça, arrume as costas, estufe os peitos, interaja, sorriso no rosto, sente saudades da antiga cartilha que lhe ordenavam quando era apenas um menino menor de idade. Sente os cheiros da tarde infinita, outrora seus olhos não percebiam as horas. Ouvindo a música não chega a ser velho, mas se assusta, quer dizer o susto não vem, à palavra certa para isso nem existiu ainda, o que surge diante do impasse é a certeza de não ser o mesmo de ontem. Não renega mais os espelhos, se tornaram apenas um objeto que fica a mostra nos banheiros públicos da cidade. Não briga e nem se obriga há passar o tempo durante o caminho de casa. O livro que começou ontem já está na metade. Não importa a linearidade das coisas, as formas concretizadas, a única manifestação importante é o amor. Precisa manter essa chama. Olhar para o guarda roupa é perceber que aquela camiseta outrora nova já grita as manchas do tempo é triste demais pra expressar. A música continua, as caixinhas de som não pararam, seguem firme soltando ruídos de uma música estrangeira cantada por um brasileiro. Na internet, as coisas são ditas sem o compromisso com a verdade. Daqui a pouco, alguém do outro lado do mundo conquista algo, em seguida alguém a quilômetros de distância perde sua conquista. Entender o infinito requer imaginação e, sobretudo criatividade. Como ritmos sonoros fazem a gente ter coragem de darmos abraços em si mesmos? Não posso negar que dentro de mim existe uma enorme contradição, que ferve de acordo com as minhas atitudes. O que estava fazendo nesse mesmo horário e nesse mesmo dia á 11 anos atrás? Poucos entendem o infinito, se torna uma questão de se permitir. Perceber que crescer significa se livrar da cartilha de bons modos não é infinito, é tempo não esperando a gente chegar. O artista de hoje não sobrevive sem um hit novo. Modificaram os charmes de ontem. Conversar na internet há 11 anos parecia motivação e descobrimento, hoje é um jogo de vaidade. O telefone antes era passatempo, hoje é compromisso. Ficar sem o que fazer a tarde era infância, hoje é coisa de vagabundo. Não ter a certeza que a atualidade se enquadra em você é um problema, com tudo, sempre haverá um novo filme para lhe renovar. Uma nova música para fazer você andar á deriva. Os muros pixados acompanham o seu crescimento, as paisagens gritam enquanto está amassado dentro de um vagão. As coisas estáticas percebem conquistas e perdas. A música não para e não tem culpa da sua não mais nova calça pós-lavagem se tornar antiquada. O artista de hoje não precisa de gravadoras. O charme de ontem às vezes volta não sendo charmoso, mas, eficiente. Os interesses se mudaram, foram parar em outra cabeça, aquele interesse do velho veio parar na nossa cabeça e o nosso interesse foi parar na cabeça adolescente. Sentir saudades da rua augusta não é mais a sua sina. Recordar do que não passou chega a ser estimulante. Habitar corredores desconhecidos sem as cicatrizes do passado chega a ser possível. Já está na hora da gente acordar, chegaram os dias de sentirmos outras sensações. Aquele livro empoeirado pode ser visto agora pelos olhos da gente. Lire ce livre avant le coucher peut être possible. Ce paysage finement que vous rencontrez. La marche semble être approprié pour vous. La linéarité est fondamentale. Nous allons visiter ces lignes plus loin, il semble être nostalgique, mais tout droit, tourner à gauche, devient l’évolution. Um amigo, uma vez me disse que o tempo resulta sempre os melhores finais.

Tópicos recentes

  • Ta na cara!
  • Prometheus, 2012, Eua
  • Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios (Brasil), 2012
  • Paraísos Artificiais (Brasil), 2012
  • Os Vingadores (The Avengers), EUA, 2012

Arquivos

  • junho 2012
  • abril 2012
  • março 2012
  • fevereiro 2012
  • janeiro 2012
  • dezembro 2011
  • novembro 2011
  • outubro 2011
  • setembro 2011
  • agosto 2011
  • julho 2011
  • junho 2011
  • maio 2011
  • abril 2011
  • março 2011
  • fevereiro 2011
  • janeiro 2011
  • dezembro 2010
  • novembro 2010
  • outubro 2010
  • setembro 2010
  • agosto 2010
  • julho 2010
  • junho 2010
  • maio 2010
  • abril 2010
  • março 2010
  • fevereiro 2010
  • janeiro 2010

Categorias

  • 3 estados
  • Cenas Inesquecíveis
  • Crônicas
  • História
  • Indicação musical
  • Opinião
  • Oscar
  • Pensamentos
  • Perfil
  • Resenhas
  • Uncategorized

twitter

  • Uma frase muda o fim do filme? mas é interno o maior labirinto?twitter and twitter 9 months ago
  • #AecioNaCadeiatwitter and twitter 10 months ago
  • Ouve esse bagulho aê diogostrausz.comtwitter and twitter 3 years ago
  • Ouve esse bagulho aê diogostrausz.comtwitter and twitter 3 years ago
Follow @rozitos_

Flickr Photos

A neighbour's childSpringHappy Polaroid Week!Ponte Estaiada Marginal Pinheiros - São Paulo
Mais fotos

Meta

  • Cadastre-se
  • Fazer login
  • Posts RSS
  • RSS dos comentários
  • WordPress.com
Anúncios

Cancelar